Então amados irmãos e irmãs, vejam o que as Sagradas Escrituras nos diz: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Hb 11,6) Então é preciso procurar a Deus! Mas aonde? Como chegar até Ele? São Padre Pio de Pietrelcina nos ensina que: “Nos livros procuramos o conhecimento de Deus; na oração encontramos Deus vivo. A oração é a melhor arma que temos, é a chave do coração de Deus”. É na oração que encontramos o Nosso Deus! Deus quer que o busquemos sempre, por isso Ele nos Diz: “É necessário orar sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1)
Porque meus irmãos e irmãs, orando nós nos afastamos do mal e nos aproximamos do nosso Bem Absoluto que é Deus.Pois sem ele não há vida “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1,3). Sem Ele nós não somos nada, pois ele mesmo nos diz: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).E como podemos observar não há possibilidade de permanecer em Cristo sem oração!
Então o que rezar?
Vejamos o que os Papas disseram:
Papa São Pio X: “O rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus.Rezai-o todos os dias”.
Papa Beato João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino,… o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta apostólica Il religioso convengno de 29 de setembro de 1961).
Papa Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e insistência o Rosário Marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de Deus e tão frequentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela qual se proporcional aos fiéis o mais excelentes meio de cumprir de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: “Pedi e receberei, buscai e achareis, batei e abrir-se-á (Mt 7,7)” (Encíclica Mense maio de 29 de abril de 1965).
Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado, em família, em comunidade pessoalmente, vos fará penetrar pouco a pouco, nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980)
Papa Pio XII: “Será em vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho.E Nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família.
...De novo, pois, e categoricamente, não hesitamos em afirmar de público que depositamos grande esperança no Rosário de Nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo” (Encíclica Ingruentium malorum de 15 de setembro de 1951).
Irmãs Mosteiro Carmelita dos Sagrados Corações |
Papa Pio XI: “O Rosário é “uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios…Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis de 29 de setembro de 1937)
Papa Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nela (em Maria), a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-la.Por isso, os romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgência apostólicas”.(Encíclica Fausto appetente de 29 de junho de 1921).
Papa Beato Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitados no uso desta arma, que é a reza cotidiana do Rosário, facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis de 3 de dezembro de 1856).
Papa Leão XIII: “Queira Deus, é este um ardente desejo Nosso, que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra!Nas cidades e nas aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper de 8 de setembro de 1894).
E não podíamos de deixar de acrescentar uma fala de São Luís Maria Grignion de Montfort sobre o Santo Rosário: Dizia ele: ”Não é possível expressar quanto a Santíssima Virgem estima o Rosário sobre todas as demais devoções, e quão magnânimo é ao recompensar os que trabalham para pregá-lo, estabelecê-lo e cultivá-lo. Recitado enquanto são meditados os mistérios sagrados, o Rosário é manancial de maravilhosos frutos e depósito de toda espécie de bens. Através dele, os pecadores obtêm o perdão; as almas sedentas se saciam; os que choram acham alegria; os que são tentados, a tranquilidade; os pobres são socorridos; os religiosos, reformados; os ignorantes, instruídos; os vivos triunfam da vaidade, e as almas do purgatório (por meio de sufrágios) encontram alívio. Perseverai, portanto, nessa santa devoção, e tereis a coroa admirável preparada no Céu para a vossa fidelidade“. (Tratado Da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem)
Como podemos observar a prática de oração que os Romanos Pontífices e os santos nos orientam é o Santo Rosário. Rezai com fé e sem pressa de terminar.Pois como dizia o Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja, em seu livro a Prática do amor a Jesus Cristo. A Paciência é o princípio da Perfeição!
Agora já sabemos o que rezar! Mas o que vamos meditar? Nesse assunto nos socorre Santo Afonso Maria de Ligório.
“Quanto ao que meditar, não há assunto mais útil do que as verdades da vida: a morte, o julgamento, o inferno e o céu. Devemos meditar especialmente na morte, imaginado estarmos enfermos para morrer numa cama, com o crucifixo nas mãos e próximos a entrar na eternidade. Mas, principalmente para quem ama a Jesus Cristo e deseja crescer no seu santo amor, não existe meditação mais útil do que a Paixão do Redentor. ‘O Calvário é a montanha das pessoas que amam’. Quem ama a Jesus Cristo sempre faz sua meditação sobre esta montanha, onde não se respira outro ar senão o amor de Deus. Vendo um Deus que morre por nosso amor e porque nos ama – ‘amou-nos e se entregou por nós’ – é impossível não o amar intensamente. Das chagas de Jesus Crucificado saem continuamente flechas de amor que ferem os corações mais duros. Feliz aquele que faz continuamente nesta vida a sua meditação sobre o monte Calvário!Montanha feliz, amável, querida, quem se afastará de ti? Desprendendo fogo, abrasas as pessoas que moram permanentemente sobre ti!“. (Prática do amor a Jesus Cristo).
Como sabemos a Santa Missa é o Sacrifício de Cristo no Calvário, então é na Santa Missa que encontramos com o cheiro do amor exalado no calvário. É o momento mais oportuno para nós meditarmos a Paixão de Nosso Senhor! Termino com as palavras de São Padre Pio de Pietrelcina, que responde a uma pergunta de um entrevistador. Pergunta o entrevistador: Padre, como devemos assistir à Missa? Responde o santo:”Como assistiam no Calvário Nossa Senhora e São João, renovando a fé, meditando na Vítima que se oferece para nós. Nunca deixa o altar sem derramar lágrimas de arrependimento e amor a Jesus. Escutem a Virgem que vos fala e vos acompanhará“.
Não é a toa que o Grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório nos ensina em um de seus livros. “Diz São Boaventura: “Se quereis progredir no amor de Deus , meditai todos os dias a Paixão do Senhor.Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo“. E dizia já Santo Agostinho: “Vale mais uma lágrima derramada ao lembrar da Paixão, do que o jejum a pão e água em cada semana“. É por isso que os santos se ocuparam tanto em meditar as dores de Cristo”.
São Francisco de Assis tornou-se um grande santo com esse meio. Um dia, foi encontrado chorando e gritando em alta voz. Perguntaram-lhe o porquê. -”Choro as dores e as humilhações do meu Senhor. O que mais me faz chorar é que os homens, por quem ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele“. Dizendo isso, soluçava mais ainda ao ponto de também cair em prantos a pessoa que o interrogava. Quando ouvia o balido de um cordeiro, ou de outra coisa que lhe lembrava Jesus Sofredor, vinham-lhe as lágrimas. Estando doente, alguém o aconselhou a ler um livro piedoso. Ele respondeu: “Meu livro é Jesus Crucificado“. Por isso é que exortava seus confrades a pensar sempre na paixão de Jesus Cristo. ”Quem não se enamora de Deus, vendo Cristo morto na cruz, não se abrasará jamais“. (Santo Afonso Maria de Ligório – Prática do amor a Jesus Cristo)
Rezem, Meditem e vão à Santa Missa e que Deus os abençoe!
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